Setenta anos depois, Laura Mae Davis encontrou o diário que tinha oferecido ao namorado, Thomas Jones, antes de este ir para a guerra, de onde acabou por não retornar. Em exposição num museu, a idosa de 90 anos nem queria acreditar quando se reconhec
Setenta anos depois, Laura Mae Davis encontrou o diário que tinha oferecido ao namorado, Thomas Jones, antes de este ir para a guerra, de onde acabou por não retornar. Em exposição num museu, a idosa de 90 anos nem queria acreditar quando se reconheceu numa foto do caderno.
Tudo começou em 1940 na Escola Secundária de Winslow. Os dois, ele jogador de basquetebol e ela cheerleader da sua equipa, foram juntos ao baile de finalistas. O romance começou nessa mesma noite e durou até ao início da guerra, quando Thomas foi obrigado a deixar Laura para trás. Como lembrança, Laura ofereceu ao amado um diário antes de este partir.
Perante as dificuldades no campo de guerra, enquanto combatia no Pacífico Sul, Thomas decidiu escrever no diário o seu último pedido em vida: que quem quer que encontrasse o diário, o devolvesse ao seu grande amor, Laura.
Ao fim de quase 70 anos, o desejo foi finalmente realizado. Ao visitar o National World War II Museum, em Nova Orleães, Laura olhou para a vitrine onde estava exposto o diário de Thomas e reconheceu-se na foto colada na página em que estava aberto.
O curador do museu, fascinado com a história da idosa, deixou-a folhear o caderno, com as mãos protegidas com luvas brancas, de forma a não estragar as páginas envelhecidas com os óleos da pele humana. Nunca, em dezassete anos de trabalho no museu, tinha conhecido alguém que fosse referenciado nas peças expostas naquele espaço, conta a FOX News.
Depois da guerra, o diário foi entregue à irmã de Thomas e, em seguida, ao sobrinho, Robert Hunt, que acabou por oferecê-lo ao museu, em 2001.
A razão porque nunca foi entregue a Laura é simples. A jovem tinha casado em 1945 e a família Jones receava que o diário e as recordações do antigo namorado fossem afectar o seu casamento. Afinal de contas, o marido de Laura havia sido um grande amigo de Thomas.
Agora que pôde ler as entradas escritas pelo amado durante o tempo que esteve na guerra, a idosa ficou fascinada com o número de vezes que Thomas fala sobre si e sobre o romance que viveram juntos.
O museu comprometeu-se a oferecer uma cópia digitalizada do diário e, assim, realizar o último desejo do jovem soldado, morto em combate pelos inimigos japoneses a 17 de Setembro de 1944.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes
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