Segundo a organização Wildlife Conservation Society (WCS), coordenadora do estudo publicado na revista PLoS Biology, a “última esperança” para evitar a extinção destes animais – dos quais apenas mil são fêmeas – é concentrar os esforços em pequenos territórios florestais na Ásia.
“A prioridade imediata é garantir que as poucas populações reprodutoras que restam sejam protegidas e monitorizadas”, referiu Nigel Leader-Williams, da Universidade de Cambridge.
Mas esta é uma tarefa que depende de um grande apoio financeiro: o custo de monitorização e conservação dos tigres selvagens nos 42 locais identificados tem um valor estimado de cerca de 62 milhões de euros anuais. E apesar de mais de metade da quantia ser disponibilizada por autoridades estatais, doadores internacionais e organizações de conservação, os restantes 27 milhões de euros são cruciais para a continuidade desta missão.
“No passado, esforços de conservação demasiado ambiciosos e complexos falharam no essencial: evitar a caça dos tigres e das suas presas. Com 70% da população mundial de tigres em apenas 6% da sua área de distribuição atual, os esforços precisam de ser concentrados nesses locais, considerados prioritários”, frisou Joe Walston, diretor da WCS.