Através de uma rede de “casas protegidas” que existia em Budapeste, “os diplomatas portugueses, num grande gesto de humanidade e de um grande esforço profissional, conseguiram, juntamente com outros diplomas de países neutros, proteger esses judeus perseguidos e facilitar-lhes a saída do país”, relatou António Augusto Mendes, atual embaixador luso na Hungria, em declarações à agência Lusa.
Como país neutro na II Grande Guerra, Portugal contribuiu para salvar “cerca de mil judeus”, apesar da pressão do governo húngaro, aliado do regime de Hitler.
A homenagem a Sampaio Garrido e a Teixeira Branquinho traduzir-se-á na inauguração de uma placa comemorativa na fachada do prédio n.º 5 da rua Ujpesti Rakpart, um edifício que fez parte da rede de “casas protegidas” da representação diplomática nacional na capital húngara.
Esta iniciativa do XIII Bairro de Budapeste conta com o apoio da Fundação Carl Lutz e, para António Augusto Mendes, é “muito gratificante (…), porque é uma manifestação do apreço pelas acções que colegas nossos fizeram e que naturalmente dá uma grande imagem de Portugal”, disse à Lusa.
Os nomes dos diplomatas Sampaio Garrido e Teixeira Branquinho já estão inscritos numa lápide na Sinagoga l de Budapeste e numa placa na parede exterior de um hotel onde então se localizava a Legação Portuguesa.
[Notícia sugerida pela utilizadora Patrícia Guedes]