UDFy-38135539, assim se chama aquela que os astrónomos dizem ser a galáxia mais antiga do universo, que terá sido formada 600 milhões de anos após o Big Bang. A descoberta foi possível graças às imagens captadas pelo telescópio Hubble.
[Fotografia: © ESO/NASA]UDFy-38135539, assim se chama aquela que os astrónomos dizem ser a galáxia mais antiga do universo, que terá sido formada 600 milhões de anos após o Big Bang. A descoberta foi possível graças às imagens captadas pelo telescópio Hubble.
Com a expansão do universo, as galáxias vão-se afastando e as ondas de luz que emitem adquirem um espectro mais longo. É este desvio para o vermelho, como lhe chamam os astrónomos, que serve de escala para medir a distância da viagem percorrida por essa luz: quanto maior é o desvio para o vermelho, mais longínquo está o objeto.
A UDFy-38135539 foi observada ao longo de 16 horas. O registo espectrográfico do hidrogénio, que é utilizado nestas medições, chegava com um desvio recorde de 8,55 (o recorde anterior estava estabelecido nos 8,2), avança a Reuters.
Os investigadores, corrdenados pelo astrofísico Mathew Lehnert, do Observatório de Paris, serviram-se dos Very Large Telescopes (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO) para analisar a luz da galáxia que tinha sido detectada pelo Hubble e assim determinar a sua idade exacta. O espectrógrafo Sinfoni foi um instrumento precioso para o conseguir.
“A utilização do VLT permitiu confirmar que a galáxia detetada anteriormente pelo Hubble é o mais remoto objeto alguma vez identificado no universo”, declarou Matt Lehnert. “A precisão do VLT e do espectógrafo SINFONI torna possível medir a distância desta galáxia tão longínqua e acreditamos que ela tenha surgido quando o Universo não tinha ainda 600 milhões de anos”, acrescentou o astrofísico.