O Hospital Amadora-Sintra está a utilizar um método para aproveitar o plasma dos dadores de sangue, que permitirá poupar 66 mil euros por ano e evitar o desperdício do componente sanguíneo.
O Hospital Amadora-Sintra está a utilizar um método para aproveitar o plasma dos dadores de sangue, que permitirá poupar 66 mil euros por ano e evitar o desperdício do componente sanguíneo. A instituição hospitalar começou a “inativar” o plasma há mais de três meses e já efetuou transfusões em doentes sem nenhuma complicação, com “boa resposta clínica”.
Em declarações à Lusa, Anabela Barradas, diretora do serviço de Imuno-Hemoterapia do Amadora-Sintra explicou que, antes de passar a recorrer a esta alternativa, o hospital comprava o plasma a “uma firma e saía muito mais caro”, além de ser deitado fora plasma de dadores.
“Estávamos à espera de uma solução nacional para inativação do plasma” mas, como tal solução não surgiu, o hospital decidiu começar a inativar o plasma dos dadores para transfundir aos doentes, esclareceu a responsável.
Este é “um método de tratamento patogénico que se usa em toda a Europa e nos Estados Unidos” e que permite evitar que o plasma acabe no lixo, o que é particularmente relevante para que os dadores saibam que o seu plasma é aproveitado e para convencer mais pessoas a dar sangue.
Além disso, a alternativa em vigor no Amadora-Sintra representa também uma enorme poupança em termos monetários – mais precisamente, uma poupança superior a 50%. “Em 2011 gastei 122.940 euros e em 2012 vou gastar 54.617 euros”, adiantou Anabela Barradas.
A especialista aprendeu este método em Valência, Espanha, onde chegam a ser inativadas 2.500 unidades de plasma por dia. Atualmente, no hospital português, são tratadas, em média, 232 unidades de plasma por mês.