Os deputados do Conselho Legislativo de Hong Kong aprovaram, pela primeira vez na história da antiga colónia britânica, a fixação de um salário mínimo que ficou pelos 2,74 euros à hora. A medida foi adoptada pelo parlamento da cidade, depois da divul
Os deputados do Conselho Legislativo de Hong Kong aprovaram, pela primeira vez na história da antiga colónia britânica, a fixação de um salário mínimo que ficou pelos 2,74 euros à hora. A medida foi adoptada pelo parlamento da cidade, depois da divulgação pública de um relatório que indica um crescimento de 21% da riqueza dos multimilionários de Hong Kong, avança a imprensa internacional.Depois de uma maratona de mais de nove horas de discussão, o Conselho Legislativo – o parlamento do território – aprovou a proposta de fixação do salário mínimo em 28 dólares de Hong Kong (2,74 euros) com 44 deputados a favor do valor que entrará em vigor a 01 de Maio.
A lei que prevê a fixação de um salário mínimo foi aprovada em Julho passado e a taxa proposta pelo Executivo de Donald Tsang foi conhecida em Novembro, mas tinha de ser ratificada pelos deputados. Foi também ratificada a proposta de aumentar os salários dos cerca de 314.600 trabalhadores da cidade em cerca de 17 porcento.
O estabelecimento de um salário mínimo tem dividido a sociedade, nomeadamente trabalhadores e empregadores, com os últimos a defenderem um mercado livre com a alegação de que a imposição de pagamentos mínimos levaria à perda de emprego generalizado entre os trabalhadores mais pobres.
Hong Kong, com sete milhões de habitantes, é uma conhecida praça financeira com magnatas no topo de impérios e vários interesses em diversos setores da economia local e internacional. No entanto, a atual Região Administrativa Especial chinesa é também palco de profundas disparidades sociais, albergando milhares de trabalhadores indiferenciados com salários muito baixos.