Investigadores das universidades federais do Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo anunciaram a criação, em laboratório, do vírus HIV artificial. Esta técnica está a ser usada para fabricar uma "vacina terapêutica" que poderá ser comercializada dent
Investigadores das universidades federais do Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo anunciaram a criação, em laboratório, do vírus HIV artificial. Esta técnica está a ser usada para fabricar uma “vacina terapêutica” que poderá ser comercializada dentro de cinco anos, noticia o jornal brasileiro A Gazeta.Os cientistas chegaram ao vírus artificial usando uma técnica de clonagem que permite cortar e colar os pedaços de DNA, o código genético, até construir um genoma completo do HIV inativado.
“Fizemos uma obra de engenharia genética e colocamos esse vírus sintético dentro de um DNA vetor que permite a replicação ao infinito do vírus”, explicou o geneticista da UFPE, Sérgio Corvella.
Este vírus sintético estimula as células de defesa do organismo a identificar e combater o HIV. É mais um passo importante no desenvolvimento de uma vacina terapêutica para os pacientes com SIDA.
A vacina foi testada em 18 pacientes e a metade deles teve a carga viral reduzida a quase zero. Isso quer dizer que o HIV não foi detectado nos exames.
A produção do vírus sintético em laboratório é considerada uma ferramenta fundamental para acelerar e reduzir o custo de produção da vacina.
“O objetivo da vacina [terapêutica] é ensinar o nosso sistema imune a combater o vírus. Ou seja, restabelecer a ação poderosa do nosso sistema imune”, afirmou o geneticista em declaração ao jornal A Gazeta Online.
A próxima fase da pesquisa prevê testes da vacina terapêutica num grupo de mil pacientes. A medicação deve chegar à população em cerca de cinco anos.