O historiador português Henrique Leitão foi eleito, em Janeiro, membro efetivo da Academia Internacional de História das Ciências, em Paris, pelo valor da sua carreira e produção intelectual. Há mais de 50 anos que nenhum português se juntava a este
O historiador português Henrique Leitão foi eleito, no final de Janeiro, membro efetivo da Academia Internacional de História das Ciências, sediada em Paris, pelo valor da sua carreira e produção intelectual. Há mais de 50 anos que nenhum português se juntava a este clube restrito.
Para Henrique Leitão esta “é a maior ambição de qualquer estudioso ou cientista”. Em entrevista à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), o investigador considera a eleição “um reconhecimento muito importante” do seu trabalho “pelos mais respeitados profissionais do campo”.
A história das ciências exatas nos séculos XV e XVII é uma das principais áreas de estudo do historiador. Enquanto investigador do Centro Interuniversitário de História da Ciência e da Tecnologia e docente de História e Filosofia das Ciências da FCUL, Henrique Leitão dedica-se à história do livro científico antigo em colaboração com a Biblioteca Nacional de Portugal, onde foi comissário de várias exposições.
Henrique Leitão salienta que tem tido “muitas propostas e desafios de colegas e grupos de investigação estrangeiros”, sendo que no futuro espera dedicar-se a projetos internacionais.
O investigador espera ainda estudar a história científica de Portugal, “um campo com muitas zonas que não se conhecem”, estando neste momento a estudar os trabalhos de Rolando de Lisboa, “um interessante matemático português do século XV, ainda ignorado na historiografia”.
Com mais de 15 livros publicados e algumas dezenas de artigos especializados, Henrique Leitão é membro de várias sociedades científicas e académicas, como é o caso da Academia das Ciências de Lisboa, a Academia de Marinha e a Academia Internacional de História da Ciência.