A Assistência Médica Internacional (AMI) lança esta terça-feira a primeira marca nacional de solidariedade - a SOS Pobreza - que englobará um total de 30 bens essenciais, desde arroz a leite, fruta e legumes, vendidos a "preço justo".
A Assistência Médica Internacional (AMI) lança esta terça-feira a primeira marca nacional de solidariedade – a SOS Pobreza – que englobará um total de 30 bens essenciais vendidos a “preço justo” em 52 hipermercados do país e cujas receitas serão aplicadas na luta contra a pobreza.
De acordo com Fernando Nobre, presidente da organização humanitária, o objetivo da campanha é “ajudar a combater a pobreza que existe entre nós”, tendo esta sido desenvolvida “a pensar nos que têm verdadeiras necessidades”.
“Conseguimos congregar a vontade de nove produtores nacionais, entre eles algumas cooperativas, e de quatro distribuidores nacionais (Jumbo, Pingo Doce, E-leclerc e Continente), que disponibilizaram 52 grandes superfícies em 44 localidades do país”, conta o responsável.
Assim, vão ser colocados nos hipermercados 30 produtos de primeira necessidade a “preço justo” que vão desde o arroz à farinha, óleo, azeite, água, sumos, fruta, legumes e papel higiénico. “São produtos a preço justo porque é uma campanha apoiada por produtores nacionais, porque entendemos que também merecem a sua sustentabilidade”, salienta Fernando Nobre.
O presidente afirma que a AMI espera que a campanha tenha “o maior sucesso” já que permitirá às pessoas “comprarem produtos básicos, essenciais, a um preço muito acessível”. As receitas angariadas reverterão totalmente para os 17 projetos sociais da associação espalhados pelo país como os centros Porta Amiga, os abrigos, as residências sociais e as equipas de rua.
Cada vez mais pedidos de ajuda
Fernando Nobre revela que a AMI registou, este ano, um aumento de 10% na afluência aos seus equipamentos sociais face ao período homólogo de 2011. “A pressão está a ser muito grande”, admite, frisando que tem sido feito um “esforço colossal numa altura em que os donativos estão em queda”.
Nos primeiros seis meses do ano, os pedidos de ajuda mais frequentes foram por alimentos (57%), apoio social (54%) e roupas (42%). A maioria das pessoas que recorreram à associação estava em idade ativa, sendo sobretudo cidadãos portugueses e com baixas habilitações literárias.