De acordo com o estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, para aplicar esta técnica basta estar num local perto do mar. Isto porque a tecnologia desenvolvida baseia-se na extração de energia a partir das diferenças iónicas existentes entre a água salgada e a água doce.
Segundo de pode ler no Science Daily, a produção do hidrogénio fica a cargo de uma célula de eletrólise microbiana (MEC), que foi a base do trabalho dos investigadores.
Anteriormente estas células eram usadas com o mesmo efeito, mas requeriam algum estímulo elétrico. Agora foi descoberta uma forma de produzir o mesmo efeito, usando a diferença de salinidade como fonte de energia. Para isso é usada uma bateria EDR, constituída por várias membranas de troca iónica negativas e positivas alternadas.
Esta descoberta “mostra que o hidrogénio puro pode ser produzido de forma eficiente a partir de fontes ilimitadas como a água do mar, do rio e de matérias orgânicas biodegradáveis”, lê-se no site.
Os autores do estudo foram Bruce E. Logan professor de Engenharia do Ambiente e o aluno de pós-doutoramento Younggy Kim. A tecnologia EDR de eletrodiálise reversa consegue transformar a água em hidrogénio usando 1,8 volts de energia. Os investigadores acreditam que apenas 1% da energia produzida pela EDR é necessária para bombear a água pelo sistema.
“A voltagem adicional que precisamos é inferior aos 1.8 volts necessários para hidrolisar água”, refere Logan. “Líquidos biodegradáveis e resíduos de celulose são abundantes. Poderá ser uma fonte de energia inesgotável”, cita o Science Daily.