O Instituto de Infectologia Emílio Ribas está a testar os dois medicamentos: a Telaprevir e a Boceprevir. Até agora, segundo notícia o Estadão, os fármacos já foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem utilizados no Brasil, sendo a sua comercialização nos restantes países ainda uma incógnita.
Os medicamentos apresentam um índice de cura de aproximadamente 75% em pacientes que nunca fizeram tratamento contra a hepatite C, valor que contrasta com os 40% que se conseguiam com os atuais medicamentos (Interferon e Ribavirina).
“A eficácia tem se mostrado até mesmo na redução do tempo de tratamento, diminuindo de um ano para a média de nove a 11 meses”, explicou o médico Roberto Focaccia, responsável pelos estudos, ao Estadão. O especialista indicou mesmo que dos nove pacientes tratados com o Telaprevir, oito ficaram curados.
Entre os pacientes testados, verifica-se que a taxa de cura alcançou valores mais elevados no caso de doentes que já tinham feito o tratamento convencional, mas tinham tido recaídas. De facto, nesses as novas substâncias tiveram um nível de sucesso que chegou aos 88%, valor bastante superior aos 15% obtidos com os anteriores.
O tratamento que só deve ficar disponível no serviço público de saúde em 2012, apresenta atualmente um custo de R$ 9 mil por mês nas clínicas privadas. Estes testes também estão a ser feitos noutros países, sob a supervisão da FDA (Food and Drug Administration), que regula os medicamentos norte-americanos.
A hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV).
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]