Os vencedores foram anunciados esta terça-feira e a portuguesa foi premiada, segundo o comunicado do Instituto de Medicina Molecular (IMM) ao Boas Notícias, em 170 mil euros para desenvolver o seu projeto, intitulado “Boosting dendritic cell function to facilitate tolerance induction to recombinant clotting factor”, durante dois anos.
A hemofilia é uma doença que dificulta a estagnação do sangue dos doentes, devido à inexistência (ou insuficiência) da proteína FVIII, fundamental para o processo de estagnação sanguínea. Assim, em caso de acidentes, é necessária a sua administração no doente.
No entanto, segundo as declarações de Vanessa Oliveira ao “Ciência Hoje”, algumas pessoas desenvolvem resistência à administração da proteína, sendo que esta tem de ser “ministrada em doses superiores, o que torna a terapia muito mais dispendiosa”.
O objetivo da investigadora é, assim, desenvolver uma solução para, segundo o IMM, “evitar a rejeição à terapêutica de coagulação existente” e, desta forma, melhorar a qualidade de vida dos hemofílicos e, segundo as suas explicações à Lusa, poupar alguns gastos ao Serviço Nacional de Saúde, visto que os tratamentos atuais são “caríssimos”.
Vanessa Oliveira tem 36 anos e licenciou-se em Portugal, na área da Bioquímica. Em 2006 doutorou-se em Imunologia na Universidade de Oxford e é investigadora pós-doutorada no Instituto de Medicina Molecular, Unidade de Imunologia Celular: é aqui que vai prosseguir o seu projeto de investigação.