O selo Beiriz surgiu no início do século XX pela mão da aristocrata portuguesa Hilda Brandão. Em pouco tempo, a produção minuciosa em teares 100% manuais conferiu a estes tapetes uma reputação de qualidade, dentro e fora de Portugal.
O Palácio de Belém, o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, o Teatro São João, no Porto, ou a sede do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, são apenas alguns exemplos de instituições que estão “forradas” com os Tapetes Beiriz. Alguns destes tapetes têm mais de 50 anos e têm vindo a ser restaurados pela equipa de Beiriz.
“Tal como aconteceu com outros produtos, os investidores apostaram durante alguns anos nas fábricas do oriente, porque era mais barato”, explica Cátia Ferreira. “Depois acabaram por perceber que há uma inconsistência muito grande entre o que é pedido e o que é entregue e começaram a regressar a países como Portugal onde a qualidade é maior e é mais fácil controlar a produção”, acrescenta.
Na atual Fábrica de Beiriz, localizada nos terrenos vizinhos da fábrica antiga e que o Boas Notícias teve oportunidade de visitar, continuam “a trabalhar tecedeiras que já tinham trabalhado na fábrica original ou cuja família trabalhava lá”, conta a 'embaixadora' da marca.
Muitos dos teares originais foram deslocados para a nova fábrica, sendo que os tapetes continuam a ser produzidos com lã 100 por cento natural. Contudo, os padrões e a textura adaptaram-se aos tempos modernos com um design mais contemporâneo onde tudo é possível. “O tapete é o mesmo mas foi-se adaptando aos tempos”, salienta Cátia.
A atual equipa Beiriz adquiriu também teares verticais de grande dimensão que são trabalhados pelas tecedeiras com andaimes e com a ajuda de uma pistola que “cospe” lã. “Com estas telas verticais conseguimos acelerar um pouco a produção e criar tapetes com preços mais acessíveis”.
Na nova fábrica, há telas capazes de produzir uma peça única com 5 metros por 10 metros mas, na realidade, não há limites nas dimensões. “Podemos juntar infinitamente estes tapetes, com emendas quase invisíveis, até chegar às dimensões desejadas”, explica Cátia Ferreira.
“Orgulho e zelo” pela tradição de Beiriz
Neste momento, a empresa emprega 22 trabalhadores diretos. Cátia Ferreira não hesita em afirmar que muito do sucesso atual dos Beiriz é mérito destes funcionários: “São trabalhadores muito empenhados e zelosos que têm muito orgulho nesta arte e na fama dos Tapetes Beiriz”.
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