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Hard Rock Hotel da Europa escolhe tapetes portugueses

Há uma coisa que une a Presidência da República e o primeiro Hard Rock Hotel da Europa: os Tapetes Beiriz que dão cor e conforto a estes dois edifícios. Criada há quase 100 anos, na Póvoa de Varzim, a marca reinventa-se.
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Há uma coisa que une a Presidência da República e o primeiro Hard Rock Hotel da Europa: os Tapetes Beiriz que dão cor e conforto a estes dois edifícios. Três gerações depois da sua fundação, esta marca manual que nasceu, há quase 100 anos, na Póvoa de Varzim, reinventa-se com novos padrões, materiais e clientes. 
 
por Patrícia Maia

O selo Beiriz surgiu no início do século XX pela mão da aristocrata portuguesa Hilda Brandão. Em pouco tempo, a produção minuciosa em teares 100% manuais conferiu a estes tapetes uma reputação de qualidade, dentro e fora de Portugal. 


O Palácio de Belém, o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, o Teatro São João, no Porto, ou a sede do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, são apenas alguns exemplos de instituições que estão “forradas” com os Tapetes Beiriz. Alguns destes tapetes têm mais de 50 anos e têm vindo a ser restaurados pela equipa de Beiriz. 
 
“Os tapetes ficaram conhecidos tanto pela textura obtida com o fio de lã grosso, como pelos desenhos. A Hilda Brandão foi beber muito a tapeçarias orientais, ao tapetes de arraiolos e aos azulejos portugueses, criando padrões que na época eram muito apreciados”, explica Cátia Ferreira, a atual 'embaixadora' dos Tapetes Beiriz. 
 
Investidores belgas apostaram na marca Beiriz
 
Depois de ter atravessado, recentemente, um período de estagnação, o selo Beiriz ganhou novo fôlego graças ao investimento, em 2013, de uma empresa belga, que trabalhava com tapetes industriais mas queria apostar na indústria dos tapetes manuais.


“Tal como aconteceu com outros produtos, os investidores apostaram durante alguns anos nas fábricas do oriente, porque era mais barato”, explica Cátia Ferreira. “Depois acabaram por perceber que há uma inconsistência muito grande entre o que é pedido e o que é entregue e começaram a regressar a países como Portugal onde a qualidade é maior e é mais fácil controlar a produção”, acrescenta. 
 
Entre os clientes dos “novos” Beiriz está o Hard Rock Hotel de Ibiza, em Espanha (imagem ao lado), que é o primeiro espaço Hard Rock destinado à hotelaria na Europa. A unidade abriu no ano passado e conta com Tapetes Beiriz em vários espaços, incluindo na zona VIP. 

Na atual Fábrica de Beiriz, localizada nos terrenos vizinhos da fábrica antiga e que o Boas Notícias teve oportunidade de visitar, continuam “a trabalhar tecedeiras que já tinham trabalhado na fábrica original ou cuja família trabalhava lá”, conta a 'embaixadora' da marca.

Muitos dos teares originais foram deslocados para a nova fábrica, sendo que os tapetes continuam a ser produzidos com lã 100 por cento natural. Contudo, os padrões e a textura adaptaram-se aos tempos modernos com um design mais contemporâneo onde tudo é possível. “O tapete é o mesmo mas foi-se adaptando aos tempos”, salienta Cátia.
 
Um tapete que se adaptou aos tempos

A atual equipa Beiriz adquiriu também teares verticais de grande dimensão que são trabalhados pelas tecedeiras com andaimes e com a ajuda de uma pistola que “cospe” lã. “Com estas telas verticais conseguimos acelerar um pouco a produção e criar tapetes com preços mais acessíveis”. 
 
Isto porque a qualidade e a exclusividade destes tapetes tem um preço. Ainda que o valor final esteja dependente do padrão, da lã e do ponto que é utilizado (quantos mais nós por metro quadrado mais caro será o produto final), o Beiriz ronda os 350 euros por metro quadrado. Já os tapetes tufados podem rondar os 150 euros o metro quadrado. 
 
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Na nova fábrica, há telas capazes de produzir uma peça única com 5 metros por 10 metros mas, na realidade, não há limites nas dimensões. “Podemos juntar infinitamente estes tapetes, com emendas quase invisíveis, até chegar às dimensões desejadas”, explica Cátia Ferreira.  


“Orgulho e zelo” pela tradição de Beiriz
 
Ainda que a exportação não seja a principal preocupação desta empresa onde o contacto direto com os clientes, sobretudo profissionais da decoração, é a prioridade, a Beiriz já tem clientes em países como a Bélgica, a Holanda, Angola, além da vizinha Espanha. As vendas atuais apontam para uma média de mil metros de tapetes por mês. 
 
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Neste momento, a empresa emprega 22 trabalhadores diretos. Cátia Ferreira não hesita em afirmar que muito do sucesso atual dos Beiriz é mérito destes funcionários: “São trabalhadores muito empenhados e zelosos que têm muito orgulho nesta arte e na fama dos Tapetes Beiriz”.

Visite AQUI o Facebook dos Tapetes Beiriz onde pode acompanhar as novidades da empresa.

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