Neste momento, estão já concluídas 24 casas, sendo que outras 26 já se encontram em fase de acabamento. As habitações estão localizadas numa zona montanhosa a cerca de 70 a 80 quilómetros da capital do país, Port-au-Pince, onde as pessoas “não têm nada, literalmente nada”, contou à agência Lusa Pimenta Araújo, um dos membros da delegação enviada ao Haiti para acompanhar o processo.
Apesar de terem sido testadas contra a intempérie, as habitações têm apenas uma divisão, com três janelas e uma porta em alumínio, respeitando “a tradição da região”, referiu Pimenta Araújo. “Cozinham fora e as latrinas também são fora de casa. No fundo, é só para as pessoas terem um teto para dormir e se protegerem da chuva”.
As famílias participam também ativamente no processo, construindo as fundações em que assentam estruturas pré-fabricadas, importadas do Vietname, nas bases de betão.
Este projeto, que tem conclusão prevista para setembro de 2011, representa um investimento total de 2,9 milhões de euros. Contudo, há ainda muito a fazer no país: !Os serviços públicos não existem, são tendas nos jardins, nas ruas tudo se compra e tudo se vende e o lixo é cada vez maior porque não há saneamento básico. Dois terços da população não tem água potável!, descreveu Pimenta Araújo à Lusa.