As descobertas destes cientistas foram publicadas no African Journal of Ecology onde revelaram que nas áreas danificadas e transformadas por estes animais foram contabilizadas 18 espécies de animais, enquanto que nas áreas intactas por estes animais foram encontradas apenas oito espécies.
“As crateras e destroços de madeira formados por árvores quebradas e arrancadas pela raiz aumentaram o número de refúgios contra predadores”, esclarecem neste estudo.
“Os elefantes, junto de algumas outras espécies, são considerados engenheiros ecológicos porque as suas atividades modificam o habitat de uma maneira que afeta muitas outras espécies”, explica Bruce Schulte, da Universidade Western Kentucky.
“Eles fazem de tudo, desde cavar com suas patas dianteiras, puxar grama e derrubar grandes árvores. Assim, realmente mudam a paisagem”, explicou o mesmo responsável ao site da BBC News.
O cientista afirma ainda que o sistema digestivo dos elefantes, por não processar muito bem todas as sementes que eles comem, também ajuda na modificação do habitat.
“Como as fezes são também um ótimo fertilizante, os elefantes são capazes de rejuvenescer a paisagem ao transportar sementes para diferentes lugares”, disse Schulte à BBC.
Os cientistas afirmam ainda que os locais também favoreceram insetos, que se tornaram uma importante fonte de comida para anfíbios e répteis.
Schulte afirma que a descoberta traz implicações para estratégias de manutenção do habitat e da vida selvagem.
“O que este estudo aponta é que, embora algumas coisas não pareçam particularmente boas para o olho humano, não significa necessariamente que seja prejudicial para toda a vida que está ali.”