"Se alguma cidade pode ser descrita como 'adorável', é Guimarães". É esta a opinião de Tim Pozzi, cronista de viagens do The Telegraph, que assina um guia cultural sobre a cidade-berço publicado em fevereiro no jornal britânico.
“Se alguma cidade pode ser descrita como 'adorável', é Guimarães”. É esta a opinião de Tim Pozzi, cronista de viagens do The Telegraph, que assina um guia cultural sobre a cidade-berço publicado em fevereiro no jornal britânico, onde destaca “o seu coração pedestre”, as “ruas empedradas” e os recantos adornados com pequenos bares e cafés.
Ao longo da peça, Pozzi elogia o espírito dos habitantes vimaranenses que continuam a dar ares de vila à cidade, preservando a proximidade. “Mesmo entre a agitação causada pelo seu estatuto de Capital Europeia da Cultura em 2012, as pessoas continuaram a dar-se ao trabalho de me dizer bom dia na rua”, conta o autor.
Embora a programação cultural se mantenha até meio do verão, Tim Pozzi faz questão de destacar que “o apelo da cidade vai muito além da possibilidade de observar esculturas peculiares em espaços públicos”.
Entre os aspetos mais apaixonantes de Guimarães estão “as bonitas praças que, felizmente, tendem a ter todos os formatos menos o quadrado” e cujas “lojas idiossincráticas”, especialistas em bordados, chapéus ou gaiolas “dão prazer descobrir, sem uma 'Body Shop' ou uma 'Zara' à vista”, escreve Pozzi.
Além disso, “o granito – em pavimentos, janelas, portões ou muralhas – dá à cidade “uma atmosfera sólida e não pretensiosa” e os mais velhos parecem “continuar ainda à espera dos anos 60”, enquanto “as vitrines dos cafés convidam a provar doces como o toucinho do céu ou as tortinhas inventadas pelas freiras da cidade há centenas de anos”.
Por outro lado, “uma ampla população estudantil respira vida, energia e criatividade”, espalhando um espírito jovem “pelas ruas, praças, cafés e bares” de Guimarães, frisa o cronista.
Viagem no teleférico da Penha é obrigatória
Tim Pozzi aconselha aos visitantes uma passagem pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães, “um conjunto espetacular de cubos gigantes que alberga uma coleção surpreendente de arte primitiva” e pelo Museu Alberto Sampaio, no Convento de Santa Clara, com a sua “iconografia religiosa”.
Obrigatória é ainda a visita “ao castelo de conto de fadas do século X, que não é mais do que uma concha vazia mas oferece uma excelente perspetiva da cidade” e uma passagem pelo Palácio Ducal para conhecer a sua coleção de armas e tapeçarias.
No entanto, para o britânico, “a mais agradável diversão” é uma viagem no teleférico da Penha, que leva até ao cimo da montanha “onde cafés e restaurantes, mesas de piquenique, gruas e rotas pedestres se escondem sob os pinheiros”. “É o local perfeito para uma tarde tranquila a 'beber' das paisagens belas de uma cidade cativante” conclui.
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