Este sábado, na sequência do combate a um incêndio de grandes proporções na Serra da Gralheira, em São Pedro do Sul, o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, exortava as populações a “limparem o mais possível à volta das casas”, uma vez que “quando há a faixa de protecção dos 50 metros, é facilitada a intervenção dos bombeiros, é mais garantido que as casas serão poupadas”, sublinhou.
Em declarações à agência Lusa, o ministro da Agricultura, António Serrano, refere que “não é por falta de financiamento que a limpeza das matas e florestas” fica por fazer, assim como as demais “ações de prevenção”, frisando que “o abandono das propriedades é negligência”.
O pacote de medidas de desincentivo ao abandono de propriedades florestais incide, sobretudo, nas regiões Norte e Centro do país, “junto das florestas”, mas também em áreas “onde o Estado faz investimentos e, depois, a terra não é cultivada, não é utilizada, fica abandonada”.
Além do agravamento das coimas, o ministro pretende implementar outro tipo de intervenção de natureza fiscal que exija a concertação com outros ministérios.