“Melhorar de forma radical” a saúde oral dos portugueses é o grande objetivo de Pizarro, que se diz satisfeito com os resultados do programa entre as faixas etárias mais jovens, mas mostrou “preocupação” face à pequena percentagem de idosos que usufruiu dos “cheques dentista”.
“As crianças beneficiam do programa de forma muito satisfatória, tendo a escola como veículo transmissor da informação, assim como as mulheres grávidas, por via dos centros de saúde. O problema são os idosos, pois apenas um em cada dez recebeu “cheque dentista”, algo a que é seu por direito, inteiramente gratuito e com comparticipações significativas posteriores, quer no tratamento quer nas próteses dentárias”, afirmou o governante em declarações à agência Lusa.
Manuel Pizarro aponta como principais causas “fatores de exclusão, de falta de acesso à informação e até de transporte organizado para aceder a cuidados básicos de saúde”, apelando às juntas de freguesia e às instituições particulares de solidariedade social para contornar a situação.
Rui Calado, coordenador nacional do programa, lembrou que em 2009 foram assistidas 94 mil crianças, num total de investimento que rondou os 7,5 milhões de euros. Em 2010, para um universo de 300 mil crianças, estão disponíveis 21,5 milhões de euros.
3500 dentistas e estomatologistas espalhados por todo o país oferecem os seus serviços ao Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, incluído no Plano Nacional de Saúde 2004-2010.