Ambiente

GNR treina cães para detetar espécies protegidas

O Grupo de Intervenção Cinotécnico da GNR tem um novo programa de treino que ensina os cães a detetar espécies protegidas, nomeadamente répteis e aves exóticas, cujo objetivo é fazer face ao tráfico ilegal, contribuindo para a sua proteção.
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O Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC) da GNR tem um novo programa de treino que ensina os cães a detetar espécies protegidas, nomeadamente répteis e aves exóticas. O objetivo da iniciativa é fazer face ao tráfico ilegal, contribuindo para a proteção destas espécies.
 
Em entrevista ao Boas Notícias, o Major Gonçalo de Carvalho explica que o tráfico ilegal de espécies protegidas é cada vez mais recorrente, embora se tenha comprovado, por outro lado, que o empenho dos meios cinotécnicos na sua deteção tem sido eficaz noutros programas da União Europeia.

Assim sendo, e face “à necessidade de dotar a Guarda com meios cinotécnicos para o desempenho de missões de combate ao tráfico”, justifica o Major, foi iniciado o programa de treino.
 
Através de ações semelhantes que decorrem noutros países europeus ficou demonstrado que os cães podem ser treinados para detetar diferentes odores, nomeadamente marfim de elefante, pontas de rinoceronte, répteis e aves vivas, carapaças de tartarugas marinhas, corais e caviar de esturjão, e ovos de répteis e aves.

Para dotar os cães das aptidões em questão são utilizadas amostras com o odor dos animais que se pretende detetar, tal como é feito com os programas de treino relativos a explosivos ou estupefacientes.

Numa primeira fase, são ‘ensinados’ os odores certos aos animais. Depois, os cães têm de encontrar, entre vários, os odores que lhes foram previamente mostrados e, caso consigam, têm direito a “brincar” com os seus tratadores, ação que funciona como reforço positivo.

Cães podem tornar o combate ao tráfico mais eficiente

Neste momento, o programa de treinos português visa apenas odores de répteis, aves e os seus ovos. Ainda assim, numa próxima fase, prevê-se que a ação seja alargada para a deteção de outros animais selvagens, bem como os seus produtos, designadamente peles e marfim.

Ao longo deste período inicial são somente dois os cães a serem treinados, mas está aberta a possibilidade de entrada de outros animais no processo em função dos resultados a obter. O curso tem a duração aproximada de 16 semanas, com os treinos a decorrerem diariamente de modo a “potenciar as capacidades adquiridas”.

O Major Gonçalo de Carvalho salienta que, através do desenvolvimento deste tipo de capacidades, os cães podem tornar o combate ao tráfico mais eficiente, “garantindo um controlo mais eficaz da fronteira externa e da circulação interna”.

Contudo, em declarações ao Boas Notícias, o Major reconhece que, mesmo após as 16 semanas, continuarão a ser necessárias sessões diárias e persistentes para manter as capacidades já totalmente potenciadas.

Para aceder à página de Facebook do Grupo de Intervenção Cinotécnico clique AQUI.

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