A Guarda Nacional Republicana (GNR) retirou da miséria um idoso que residia num monte devoluto em Serpa e se encontrava "muito mal alimentado" e "sem condições de higiene". O homem foi, entretanto, acolhido num lar e está bem de saúde.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) retirou da miséria um idoso que residia num monte devoluto na zona de Vales Mortos, em Serpa, e se encontrava “muito mal alimentado” e “sem condições de higiene”. Depois de ter sido auxiliado pela força de segurança portuguesa, o homem foi acolhido num lar onde já está a receber todos os cuidados de que necessita.
O anúncio foi feito esta terça-feira pelo Comando Territorial de Beja da GNR. Em declarações à Lusa, o capitão Eduardo Lérias explicou que “o idoso foi encontrado por mero acaso” e que “a intervenção foi despoletada por um dos estagiários do posto de Serpa, que reside num monte nessa zona e se apercebeu da sua situação”.
Segundo o porta-voz da GNR, “o homem estava mesmo numa situação degradante, sem condições mínimas para viver”. Os militares decidiram, então, intervir e “com a sua anuência e algum apoio da Segurança Social e dos lares de Serpa e de Amareleja” conseguiram retirá-lo do local e tratar dele.
O capitão Lérias adiantou até que foram os próprios militares que, no posto de Serpa, “lhe proporcionaram os cuidados de alimentação e higiene, com o apoio o lar de Serpa, e um deles até lhe cortou a barba”.
A patrulha encaminhou também o idoso para o Hospital de São Paulo, naquela cidade alentejano, para receber tratamento a algumas escoriações e verificar o seu estado de saúde, que “acabou por não acarretar intervenção urgente”.
Depois de efetuadas “várias diligências” junto da Segurança Social e do Centro de Saúde de Serpa foi obtida vaga para o idoso no Lar de Amareleja, no vizinho concelho de Moura. “Foi conduzido para esse lar e, agora, vai lá permanecer. Pelo que me informaram está muito bem adaptado e a dar-se bastante bem”, garantiu.
O homem, de 79 anos, foi ajudado no âmbito do programa “Idosos em Segurança”, que decorre ao longo de todo o ano e tem como objetivo “sinalizar os idosos mais isolados” proporcionando-lhes “um contacto mais próximo” com a Guarda para “garantir alguma segurança”.
“Esta situação mostra que o “Idosos em Segurança” faz falta, sobretudo numa região como o Alentejo, em que há muita população idosa e residente em zonas isoladas”, concluiu o capitão Eduardo Lérias.
[Notícia sugerida por David Ferreira]