Sociedade

GNR: realizada primeira união homossexual

A capitã Patrícia Almeida, de 27 anos, e a cabo Maria Dias de Carvalho conheceram-se na Escola Prática da Guarda Nacional Republicana (GNR), em Queluz. Há cerca de dois que se apaixonaram e este sábado, de acordo com o Correio da Manhã, casaram-se na
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A capitã Patrícia Almeida, de 27 anos, e a cabo Maria Dias de Carvalho conheceram-se na Escola Prática da Guarda Nacional Republicana (GNR), em Queluz. Há cerca de dois que se apaixonaram e este sábado, de acordo com o Correio da Manhã, casaram-se na Conservatória Civil de Lisboa.

Patrícia Almeida e Teresa Carvalho protagonizaram, assim, o primeiro casamento gay entre elementos de uma instituição militar em Portugal, numa altura em que os casos de homofobia na PSP têm diminuído, de acordo com dados do Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP) indicados à Lusa.

Ao Correio da Manhã, fonte oficial da GNR recorda que o casamento entre pessoas do mesmo sexo “é um direito consagrado para qualquer cidadão” e deu “os parabéns às nubentes”.

Militares que prestam serviço sob o comando da capitã Patrícia Loureiro Almeida garantiram ao CM que o facto de esta ter assumido um casamento homossexual não irá afetar a autoridade da figura de oficial.

“Para nós, é a nossa comandante, e o que faz em casa não é da nossa conta. O importante é que seja competente para desempenhar as funções”, disse um guarda.

Situações homofóbicas diminuíram na PSP

De acordo com o Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP) desde que foi divulgado publicamente o grupo de ajuda e a graças à evolução da sociedade, a orientação sexual das pessoas na PSP passou a ser mais aceite ou pelo menos, não tão criticada.

“As coisas acalmaram-se”, explica Peixoto Rodrigues, porta-voz do SUP onde entre 2008 e 2009 foram recebidas 10 queixas de agentes discriminados no local de trabalho. “Hoje os gays e as lésbicas são vistas de outra forma”, concluiu Peixoto Rodrigues, reconhecendo, contudo, que continuam a existir situações graves “um pouco por todo o país”.

Contactado pela agência Lusa o porta-voz do Comando Geral da GNR, Pedro Costa Lima, disse não ter conhecimento “nem registo de qualquer situação homofóbica” na GNR (onde trabalham 25 mil pessoas).

“A GNR é uma instituição do século XXI e por isso a vida privada não interfere com o serviço”, defendeu, acrescentando que a GNR cumpre o que está definido na legislação: “Aqui não discriminamos ninguém pela sua orientação sexual, religiosa ou clubística”.

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