Ajudar os outros protege a saúde e aumenta a longevidade. A conclusão é de um novo estudo norte-americano, que constatou que aqueles que prestam apoio ao próximo têm menos probabilidade de morrer quando são confrontados com situações de stress.
Ajudar os outros protege a saúde e aumenta a longevidade. A conclusão é de um novo estudo norte-americano, que constatou que aqueles que prestam apoio ao próximo têm menos probabilidade de morrer quando são confrontados com situações de stress, tendo mais facilidade em lidar com este tipo de episódios.
A investigação conduzida ao longo de cinco anos pela Stony Brook University, a University at Buffalo e a Grand Valley State University, nos EUA, pretendia compreender se “prestar assistência aos outros provocava uma menor associação entre o stress e a mortalidade para quem ajuda”, explica, em comunicado, Michael Poulin, o coordenador do estudo.
Com este objetivo, os investigadores analisaram as respostas de 846 indivíduos a inquéritos sobre episódios stressantes que tivessem experienciado no ano anterior, desde a descoberta de doenças graves a assaltos, situações de desemprego, dificuldades financeiras ou morte de um familiar.
Além disso, os inquiridos foram convidados a revelar o total de tempo que tinham gasto, nos últimos 12 meses, a ajudar amigos, vizinhos ou membros da família com quem não viviam, nomeadamente “oferecendo-lhes transporte, fazendo-lhes recados e compras, limpando-lhes a casa, tomando conta das crianças” ou completando outras tarefas.
Os especialistas concluíram, então, que a generosidade traz grandes benefícios para a saúde. “A nossa conclusão é que ajudar os outros reduz a taxa de mortalidade [de quem dá apoio]” e que “os benefícios da generosidade derivam, especificamente, de processos que aliviam o stress”, esclarece Poulin.
Apesar disso, os autores do estudo, publicado em Janeiro no American Journal of Public Health não conseguiram verificar se os mesmos benefícios se estendem aos indivíduos ajudados, contribuindo para que estes se tornem mais resistentes a situações de stress psicossocial, algo que duas décadas de estudos têm tido dificuldade em provar.
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