Gastronomia

Gastronomia portuguesa tem um “novo” vegetal

São ricas em ómega 3, fibras, vitamina C e antioxidantes. As merujes, plantas silvestres que nascem livremente em nascentes ou ribeiras, são desconhecidas da maioria dos portugueses. Mas um projeto da zona de Coimbra quer dar um novo protagonismo a e
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São ricas em ómega 3, fibras, vitamina C e antioxidantes. As merujes, plantas silvestres que nascem livremente em nascentes ou ribeiras, são desconhecidas da maioria dos portugueses. Mas um projeto da zona de Coimbra quer dar um novo protagonismo a este vegetal.
 
O projeto “Merujes no prato”, a decorrer no Laboratório de Biotecnologia Vegetal do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e na InProPlant (Investigação e Propagação de Plantas), promete colocar esta planta semelhante aos agriões, mas mais tenra e saborosa, não só nos pratos dos portugueses, mas também na gastronomia gourmet internacional.

Liderada por dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra, a pesquisa é financiada pela Fundação Vox Populi e pela Câmara de Almeida, no valor de 16 mil euros (8 mil euros para cada investigador) no âmbito da 5.ª edição do Prémio Ribacôa, e consiste em estabelecer as condições para a multiplicação eficaz desta espécie com vista à sua comercialização durante todo o ano. 

Isto porque a meruje é uma planta de ciclo curto (2/3 meses), sendo colhida apenas entre Janeiro e Março, sem qualquer tipo de certificação ou controlo fitossanitário.

Reconhecido o interesse gastronómico da meruje, importa agora “transformá-la num recurso agrícola viável e numa alternativa saudável e complementar aos vegetais mais vulgarmente utilizados em saladas”.

“Com elevado valor nutricional, esta planta silvestre é, desde há muito, colhida e usada na alimentação por populações rurais. Na zona da Guarda, por exemplo, é habitual colher e degustar a meruje”, explicam David Reis e Rui Pereira, Mestres em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal, num comunicado enviado ao Boas Notícias.


Os investigadores já efetuaram clonagem da planta e vários ensaios de cultura in vitro, em laboratório, permitindo caracterizar melhor a planta bem selecionar os genótipos mais interessantes para o cultivo.

Agora, vão “perceber quais as exigências da planta durante o seu cultivo, testar os vários genótipos selecionados e analisar a produtividade da cultura”, contam os investigadores.

 

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