Algumas galáxias chocam e unem-se formando sistemas maiores, mas há outro método, menos violento, que também provoca a sua expansão. Uma equipa de investigadores do Instituto Max Planck e do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu que as galáxias
Algumas galáxias chocam e unem-se formando sistemas maiores, mas há outro método, menos violento, que também provoca a sua expansão. Uma equipa de investigadores do Instituto Max Planck e do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu que as galáxias jovens cresceram ao absorverem correntes de gás frio de hidrogénio e hélio, que enchiam o Universo primordial, formando novas estrelas a partir desse material primitivo. “Os novos resultados obtidos com o VLT – Very large Telescope são a primeira evidência direta de que a adição de gás primordial aconteceu realmente e foi suficiente para dar início a formação estelar vigorosa que, por sua vez, originou o crescimento de galáxias de grande massa no Universo jovem”, explica o líder da equipa, Giovanni Cresci (Osservatorio Astrofisico di Arcetri), citado pelo ESO.
À medida que o universo se expandiu e envelheceu – a sua idade estimada pelos astrónomos está entre os 13 e 14 mil milhões de anos -, as galáxias foram crescendo em dimensão. Os cientistas tinham a ideia de que esses sistemas gigantescos poderiam ser o produto da fusão entre duas galáxias, mas afinal este não é o único mecanismo aí envolvido.
A descoberta irá ter um grande impacto na compreensão da evolução do Universo desde o Big Bang até ao presente. As teorias de formação e evolução galáctica poderão ter que ser revistas.
Os resultados desta descoberta saem no número desta semana da revista Nature.