A fatura do gás natural para a indústria e para os consumidores finais poderá descer "a qualquer momento" na sequência da expansão do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Sines.
A fatura do gás natural para a indústria e para os consumidores finais poderá descer “a qualquer momento” na sequência da expansão do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Sines. O anúncio foi feito este domingo pelo secretário de Estado da Energia.
“O terminal está já em operação. O facto de aumentarmos a escala e de podermos ir buscar gás natural mais barato pode refletir-se nos preços a qualquer momento”, avançou Artur Trindade, à margem da cerimónia de inauguração da expansão do terminal que já se encontra operacional.
De acordo com o governante, “quanto maior for a porta de entrada, maior acesso a fontes diversas e maior a possibilidade de encontrar fontes diversificadas”. Segundo Artur Trindade, a expansão do terminal terá um impacto positivo ao nível da concorrência, cujo aumento faz baixar os preços.
“Ao haver possibilidade de contratar gás de outra proveniência só se irá fazer se se conseguir um preço mais competitivo”, adiantou, referindo “o benefício da indústria e dos consumidores”.
A mesma posição é sustentada pela REN, responsável pelo terminal de Sines – cuja expansão correspondeu a um investimento de 193 milhões de euros -, que acredita que o melhoramento poderá reduzir a fatura do gás.
Uma das melhores infraestruturas da UE
Segundo Rui Cartaxo, presidente da REN – Redes Energéticas Nacionais, a infraestrutura permite “aos agentes económicos comprar gás mais barato”, passando Portugal a ter agora “uma infraestrutura que é das melhores do género na União Europeia”.
As obras da 2ª fase deste projeto começaram em 2009 e contemplaram a construção do terceiro tanque de armazenagem de GNL, bem como de outros equipamentos, nomeadamente novos circuitos de água do mar e sistema de emissão e uma terceira baía de enchimento de camiões.
O incremento da capacidade permite o acesso de mais fornecedores ao terminal, aumentando a concorrência e beneficiando o consumidor final por meio do acesso acrescido ao mercado internacional de GNL a preços competitivos.
Além disso, a expansão garante ainda o aumento da energia movimentada pelo Terminal de Sines, que, atualmente, representa 56% do total anual de gás natural consumido em Portugal.