Até agora, explicou o médico à agência Lusa, “muitos dos doentes que precisavam de um transplante de córnea e viviam no Sul do país tinham que ser encaminhados para hospitais em Coimbra e no Porto, quando as unidades de Lisboa não conseguiam dar resposta à maioria dos casos”.
Por isso, está a ser feita uma “clara aposta do hospital nesta vertente”. Estima-se que ali sejam realizados entre 20 a 25 transplantes de córnea em 2011, contando apenas com a lista de espera do hospital, à qual será acrescentada uma lista que reúne as necessidades agora dispersas por diversos hospitais públicos a Sul do Tejo.
A criação de um banco de córneas, que representa um investimento de 100 a 200 mil euros, visa agilizar o processo de recolha, mas também “suprir as necessidades do hospital e também suprir as necessidades de outras unidades hospitalares”, refere Nuno Campos.
O transplante de córnea pode ser feito em pessoas de todas as idades, sendo que a maioria dos casos candidatos a transplante resultam de patologias intrínsecas, de situações infeciosas, de traumatismos graves ou de descompensações pós-cirúrgicas.
[Notícia sugerida pelo utilizador Vítor Fernandes]