A Cavalgata de Reis uniu Valença e Tui, duas cidades vizinhas, a primeira portuguesa e a segunda galega, separadas pró 3,5 km de distância, mas unidas pelo espírito de entreajuda. Tendo em conta que o concelho de Tui não dispõe de qualquer corpo de bombeiro, em caso de emergência, o socorro é prestado pelos bombeiros voluntários de Valença.
Em jeito de agradecimento ao apoio e ajuda concedida pelos portugueses vizinhos, a autarquia galega faz questão de a compensar através da ajuda financeira.
O cheque entregue esta semana “é uma ajuda dada habitualmente pela autarquia de Tui, pelo apoio que nós prestamos todo o ano”, explica Luís Alberto Coelho, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Valença, à Lusa.
“Obviamente que não chega para as despesas que temos em prestar o serviço, mas é um apoio importante”, acrescenta.
Com início às 16h, no quartel de bombeiros de Valença, o desfile contou com três reis magos ladeados por 250 figurantes e 9 carros alegóricos. Em duas horas foram percorridos os 3,5 km que ligam Valença a Tui e distribuídos mais de uma tonelada de caramelos às centenas crianças portuguesas e galegas que se avolumavam pelo caminho para acompanhar o desfile.
“É uma prova da relação, até cultural, entre os dois povos, que estamos sempre a tratar de melhorar”, declara Moisés Rodriguez, o alcaide de Tui.
A Cavalgata de Reis é promovida em conjunto pelos municípios de Valença e de Tui que, desde Dezembro, formam a segunda eurocidade entre o Norte de Portugal e a Galiza, depois de Chaves e Vérin.
[Notícia sugerida por Bruno Melo e Patrícia Guedes]