por redação
Xavier Prochaska, um dos coautores do estudo, diz que as observações dão a ideia de como as galáxias iguais à Via Láctea eram há 13 mil milhões de anos, quando o Universo ainda não se tinha desenvolvido.
Os astrónomos usaram, nas suas observações, o maior radiotelescópio do mundo, o ALMA, que foi gerido pela Observatório Europeu do Sul, a organização astronómica que integra Portugal. Durante décadas foram descobrindo galáxias distantes, detetaram a forma como o seu gás absorve a luz de um quasar, brilhante nas suas proximidades.
As galáxias brilhantes, observadas pela equipa, aparentam ter extensas camadas de gás e poeira, mas estão separadas de um quasar, um objeto astronómico. Uma destas galáxias está a 137 mil anos-luz do quasar e a outra a 59 mil anos-luz.
O maior radiotelescópio do mundo foi utilizado para detetar galáxias distantes, para estas procurarem assinaturas de emissões de radiação, na escala do infravermelho longínquo, de galáxias que se podem distinguir da luz e de um quasar.
As emissões de luz a partir de poeira, no infravermelho longínquo, foram observadas pelos investigadores e permitiram que estes estimassem a taxa de formação de estrelas.
A conclusão das observações sugerem que ambas as galáxias estão a formar estrelas a uma média elevada: 25 solares por ano, uma delas chega às 100 massas solares.
Prochaska disse que “o Santo Graal tem sido identificar e estudar as galáxias que têm o hidrogénio [elemento mais abundante no Universo] que vemos no espetro de um quasar, e isso foi facilitado pela capacidade do ALMA”.