O espaço sugerido pela autarquia localiza-se junto ao Centro Hospitalar de Gaia, embora tenham sido avançadas outras propostas, nomeadamente na zona da Arrábida.
“Faz sentido que a sul do Douro exista uma unidade materno-infantil”, defende Marco António Costa, presidente da Câmara de Gaia, ao Jornal de Notícias, apontando que um dos requisitos técnicos do projeto é a sua associação a um hospital e que o concelho de Gaia tem “boas acessibilidades”.
Contudo, o administrador do Centro Hospitalar do Porto, Pedro Esteves, discorda que esta seja uma boa solução, alegando um maior atraso na concretização do projeto e as melhores condições que o Porto dispõe, em termos de funcionalidades de apoio, face a Gaia.
Ainda assim, a Câmara de Gaia defende que, mesmo com a mudança do CMIN para aquele concelho, as obras poderiam começar de imediato e que, assim, poder-se-ia “impedir a perda de fundos e de tão importante equipamento”, referiu Marco António Costa no fax enviado a Ana Jorge.
O processo para dotar o Porto com um CMIN arrasta-se, pelo menos, há década e meia e já custou 5,6 milhões de euros sem sequer se iniciar qualquer obra, segundo um relatório de auditoria divulgado em fins de 2007 pelo Tribunal de Contas.
O programa funcional validado prevê que o Hospital de Santo António receba o internamento pediátrico do Hospital Maria Pia – que será encerrado – enquanto que as consultas externas vão ficar no novo edifício a erguer junto à Maternidade Júlio Dinis, que vai manter a área de partos (3200 por ano).
Para receber 21,7 milhões de euros de fundos comunitários, a obra deve estar pronta até 2012.