Fátima Araújo tinha uma infeção grave na pele e osso da zona torácica, provocada pelos tratamentos de radioterapia de que necessitou, na sequência de um cancro da mama.
Durante 20 anos a situação foi-se agravando, mesmo depois de várias cirurgias a que foi submetida.
José Miranda, cirurgião cardio torácico do centro hospitalar de Gaia, disse à Sic que esta era uma “situação limite” já que se tratava de uma infeção crónica que podia evoluir a curto médio prazo levando mesmo à morte da doente.
Uma equipa multidisciplinar do centro hospitalar de Gaia conseguiu retirar o osso e músculo afetados e reconstruir o tórax da paciente.
“Retirámos cerca de 30 a 40 cm da parede, fizemos uma reconstrução base com um produto químico que nos permitiu fazer a proteção dos grandes órgãos”, explicou o cirurgião.
Em substituição foi colocada uma prótese sintética à medida e numa segunda cirurgia foi retirado musculo da zona lombar e pele da coxa direita para cobrir toda a área que tinha sido infetada.
Fátima está internada desde abril e deverá ter alta ainda esta semana.
[Esta notícia foi sugerida por Raquel Baêta]