Desde 1996 que o observatório da instituição privada norte-americana, sem fins lucrativos, elege por ano pelo menos dois locais, monumentos ou símbolos com grande importância histórica, arquitetónica e cultural. Antes do Jardim Botânico, outros elementos da cultura portuguesa já tinham sido referenciados como, por exemplo, as pinturas de arte rupestre do Vale do Côa (1996) e a Vila Romana do Rabaçal, Coimbra (2004).
Desta vez, o Jardim Botânico foi uma das escolhas do organismo, que pretende atrair os olhares internacionais para os perigos que ameaçam o património e que participa também na sua recuperação e/ou preservação. A eleição surgiu na sequência da candidatura da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, membro da plataforma de defesa do Jardim constituída por 13 organizações não-governamentais.
Para justificar a candidatura, a Liga argumentou que a integridade do Jardim Botânico está ameaçada pelo Plano de Pormenor do Parque Mayer, que propõe mais de 25 mil m2 de nova construção dentro da zona de proteção do monumento. Além disso, o Jardim tem ainda de enfrentar um financiamento insuficiente, bem como uma crónica falta de funcionários e de manutenção.
A lista de 2012 inclui dezenas de outras admissões, entre as quais o Centro Histório de Salvador da Bahía, no Brasil, a antiga cidade de Testour, na Tunísia e o Mosteiro de Saint Hilarion na Palestina.
O Fundo tem também sob referência, mas ainda em avaliação, a Catedral do Funchal, os Jardins do Palácio de Queluz e a Torre de Belém.
Clique AQUI para consultar a lista completa de 2012 do Fundo Mundial de Monumentos (em inglês).
[Notícia sugerida por Ana Isa Fernandes]
