O primeiro ministro grego, George Papandreou, pediu ao ex-ministro das Finanças italiano, considerado um dos pais da moeda única
O primeiro ministro grego, George Papandreou, pediu ao ex-ministro das Finanças italiano, considerado um dos pais da moeda única, Tommaso Padoa Schioppa [na foto], que aceitasse ser conselheiro da Grécia, no momento difícil que aquele país atravessa. Schioppa aceitou o pedido e dará o seu contributo gratuitamente, segundo avançou a Bloomberg.
Sendo Padoa-Schioppa um dos fundadores e mais ativos defensores da moeda única, o pedido surtiu efeito. O economista e supervisor internacional de bancos vai desempenhar as funções de conselheiro do primeiro-ministro para assuntos económicos, especialmente macroeconomia, fiscalidade, banca e gestão da dívida.
A sua larga e respeitada experiência em Itália permite-lhe agora ajudar a Grécia que, apesar das medidas aplicadas, ainda paga 4 vezes mais do que a Alemanha nos empréstimos a dez anos.
“Tommaso está ali para assegurar que o programa não descarrila” diz Renato Filosa, um antigo membro da administração do FMI. “A sua determinação será a chave para implementar os acordos que a Grécia estabeleceu com a UE e o FMI”.
Padoa-Schioppa, de 70 anos, afirma que obterá sucesso quer no crescimento da economia grega quer no debelar da crise. “Eu sou mais um utlizador da economia do que um economista,” declarou numa entrevista em Milão.
O mais interessante desta ajuda é, porém, o fato de Padoa-Schioppa não cobrar um cêntimo pelo seu trabalho. Trata-se de uma ajuda pro bono que, obviamente, só vem em benefício da Grécia e da “causa” da defesa do Euro, que Padoa-Schioppa viu nascer.
“Sou independente, não tenho conflito de interesses e não irei ser pago pelo que faço” disse, a propósito do novo cargo.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]