A investigação intitulada “Decifrar os efeitos moleculares da alfa-sinucleína no núcleo: ligação ao DNA e desregulação transcripcional” tem o intuito de esclarecer os mecanismos envolvidos na neurotoxicidade, um processo integrante do desenvolvimento da doença de Parkinson.
“O papel da proteína alfa-sinucleína no núcleo não é totalmente compreendido. No entanto, pensamos que possa influenciar a expressão de outros genes, causando problemas para as células. Com este projeto, iremos trazer novas luzes para esta área do conhecimento, podendo depois traduzir-se em novas estratégias terapêuticas futuras”, afirma Tiago Outeiro, citado pelo portal Ciência Hoje, do qual é subdiretor.
O estudo será desenvolvido em parceria com Fran Boroveckida, da Universidade de Zagreb, Croácia.
A doença de Parkinson é neurodegenerativa e atinge mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo. Manifesta-se habitualmente a partir dos 60 anos, havendo, contudo, cinco a dez por cento de casos em que os primeiros indícios aparecem aos 40 anos ou ainda mais cedo, tal como sucedeu a Michael J. Fox, célebre ator norte-americano.
Os sintomas mais evidentes são os tremores, a lentidão de movimentos, problemas de equilíbrio e rigidez dos membros. A doença resulta da perda de neurónios em várias zonas do cérebro, incluindo a substância nigra, cujas causas são ainda desconhecidas.
[Notícia sugerida pela utilizadora Maria José Oliveira]