O consumo de frutas e vegetais é capaz de reduzir o desejo de nicotina. A conclusão é de um estudo realizado pela Universidade de Oxford.
O consumo de frutas e vegetais é capaz de reduzir o desejo de nicotina. A conclusão é de um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, que revelou que os fumadores que consomem uma média diária de quatro ou mais peças de frutas e vegetais apresentam uma vontade de fumar três vezes menor do que aqueles que consomem apenas duas peças ou menos.
O estudo, divulgado pela Facilitas Healthcare , mostra, portanto, que quem consumiu um maior número de frutas e vegetais apresentou uma maior probabilidade de sucesso no processo de cessação tabágica ao fim de 14 meses de análise.
A investigação envolveu 1.000 fumadores com idade igual ou superior a 25 anos e provou ainda que as pessoas que consomem mais fruta são, também, menos dependentes da nicotina: a probabilidade de fumarem 20 ou mais cigarros por dia era menor e, ao despertar, conseguiam aguentar mais tempo até surgir a vontade de fumar um cigarro.
Citada pela Lusa, Marta Andrade, terapeuta de Cessação Tabágica da Facilitas Healthcare, sublinha que “as campanhas de incentivo a um estilo de vida saudável têm vindo a ganhar cada vez mais força no nosso país. Logo, esta investigação vem corroborar os grandes benefícios da alimentação regrada, tanto ao nível da saúde como no colmatar de uma das maiores preocupações de todos os que tentam deixar de fumar: o mito de que fazê-lo engorda”.
“Afinal, quem vai engordar a consumir frutas e legumes?”, questiona a terapeuta, que defende que “esta é a oportunidade ideal para todos os fumadores adotarem hábitos de consumo saudáveis e, ao mesmo tempo, abandonarem um vício que já constitui a primeira causa de morte nos países industrializados”.
Embora a abordagem nutricional seja, segundo os especialistas, um excelente começo no processo de cessação tabágica, estes recomendam, porém, que todos os que quiserem deixar de fumar sejam acompanhados por profissionais especializados durante todo o processo, que deve ser o menos invasivo possível.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]