Para realizar o estudo, os investigadores realizaram inquéritos, por telefone, a 1.000 fumadores com mais de 25 anos. Ao fim de 14 meses os participantes foram novamente contactados pela equipa. Neste novo contacto, os indivíduos foram questionados sobre o seu consumo de tabaco, ao longo dos últimos 14 meses, e também sobre os seus hábitos alimentares.
O estudo revelou que os fumadores que consumiam uma maior quantidade de frutas e vegetais registavam uma probabilidade três vezes maior de terem estado sem fumar (por períodos de um mês) quando comparados com aqueles que ingeriam menos estes alimentos. Estes resultados persistiram independentemente da idade, sexo, etnia, educação e estado de saúde.
Os investigadores também constataram que os indivíduos que comiam mais frutas e legumes fumavam menos cigarros por dia, fumavam o primeiro cigarro do dia mais tarde e obtinham uma pontuação melhor num teste de avaliação da dependência de nicotina.
“Podemos talvez ter identificado uma nova forma de ajudar as pessoas a deixar de fumar”, revelou em comunicado de imprensa, o principal autor do estudo, Jeffrey P. Haibach.
Existem várias explicações possíveis, nomeadamente uma menor dependência de nicotina nas pessoas que consomem mais frutas e legumes, ou ainda o facto de um maior consumo destes alimentos com fibra proporcionar uma maior sensação de satisfação.
“É possível que as frutas e legumes proporcionem às pessoas uma sensação de saciedade e que se sintam menos necessidade de fumar, já que os fumadores, por vezes, confundem a fome com vontade de fumar”, explica o investigador.
Contrariamente a outro tipo de alimentos conhecidos por aumentar a necessidade de fumar – como a carne, bebidas com cafeína e álcool – as frutas e os legumes pelo contrário pioram este tipo de sensação.
Jeffrey P. Haibach conclui que talvez este tipo de dieta possa dar um contributo importante no combate ao tabagismo, para além da legislação e dos métodos já existentes.
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