Uma empresa francesa vai investir 10 milhões de euros na reabilitação de um edifício na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Embora as obras tenham começado em Outubro do ano passado, o anúncio apenas foi feito esta terça-feira.
Uma empresa francesa vai investir 10 milhões de euros na reabilitação de um edifício na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Embora as obras tenham começado em Outubro do ano passado, o anúncio apenas foi feito esta terça-feira pela Câmara Municipal de Lisboa e a Largetoile, promotora gaulesa responsável pelo projeto.
O edifício em questão, com 1.800 metros quadrados, faz esquina com a Rua Alexandre Herculano e irá receber, no Verão de 2013, uma casa da joalharia francesa Cartier no piso térreo e vários escritórios de luxo.
Segundo Geoffroy Moreno, administrador da Largetoile, “investir em Lisboa continua a ser favorável e interessante, apesar da crise”. “Portugal não vai sair do euro, é um bom aluno da 'troika' e nunca entrará em cenário de catástrofe. Além disso há pouca concorrência, poucos investidores internacionais e os grandes promotores portugueses estão com dificuldades”, considerou o responsável.
Geoffroy Moreno sublinhou o cumprimento dos prazos necessários para a atribuição de licenciamentos de obras no edifício do século XIX por parte da autarquia e do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueólogico) como outro dos factores favoráveis ao investimento da empresa em Lisboa.
O administrador da promotora francesa desvendou também que existem mais dois projetos para marcas e apartamentos de luxo para a Avenida da Liberdade, salientando que a empresa “continua a acreditar” no potencial desta avenida e da capital portuguesa.
Autarquia quer transformar avenida num “passeio público”
Este investimento é visto com entusiasmo pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, também vereador do Planeamento e Política de Solos, Manuel Salgado, que acredita que esta é “uma oportunidade única” para afirmar Lisboa como um “destino de 'shopping' de qualidade”, uma área de turismo que a autarquia está a promover.
De acordo com Manuel Salgado, “turistas brasileiros, angolanos e chineses passam por Lisboa com destino ao resto da Europa, mas compram mais barato cá, mesmo nas grandes marcas, do que em Paris ou Londres ou noutras grandes capitais europeias”.
O autarca admitiu, no entanto, que apesar da fixação de marcas de luxo na Avenida da Liberdade e do maior número de turistas, “há ainda que fazer uma grande qualificação do espaço público”.
É neste sentido que se orienta o Plano da Avenida da Liberdade, mencionado pelo vereador, que prevê a construção de dois parques subterrâneos – na Rua Barata Salgueiro e Junto à estátua dos Combatentes da Primeira Guerra – criando uma oferta de 500 lugares de estacionamento.
Previsto está também um “arranjo de superfície”, alargando os passeios e “tornando-os mais confortáveis” com uma mudança do pavimento e a alteração do mobiliário urbano. A ambição da autarquia, concluiu Manuel Salgado, é transformar a avenida num “verdadeiro passeio público”.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]