A reprodução de crias em cativeiro, a colocação de ninhos artificiais na cidade e a libertação de jovens aves são algumas das acções do projeto.
Com a campanha “Apadrinhe uma Cria e Ajude na Conservação do Francelho”, os promotores querem recolher apoios e envolver a sociedade na conservação da espécie.
“Quem estiver interessado, pessoas individuais ou grupos e empresas, pode apadrinhar uma das 80 crias que já nasceram ou um dos 17 francelhos adultos residentes no centro de recuperação”, explicou Natália Melo, referindo que os donativos começam nos 30 euros.
Desaparecido de Évora, bem como de “grande parte da sua área de distribuição” nacional, a pequena ave de rapina, também conhecida como peneireiro-das-torres, está circunscrita ao Alentejo.
Segundo a responsável, que coordena a campanha de apadrinhamento, a distribuição era bem maior nos anos 40 e 50 do século passado e “os francelhos eram tão comuns em Évora, como as andorinhas”.
Só que a espécie, que nidifica em cavidades dos edifícios, acabou por desaparecer da cidade durante a “reforma dos grandes monumentos históricos”.
Com o projeto, as associações ambientalistas querem “reintroduzir a espécie na cidade e, em especial, no centro histórico”, não só para que o pequeno falcão “não seja tão ameaçado”, mas até para controlar a população de pombos.
A iniciativa “Conservação e Restabelecimento do Francelho (Falco naumanni) na Região de Évora” é organizada pela Liga para a Protecção da Natureza (LPN), em parceria com o Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI) e a associação espanhola Defesa e Estudo do Meio Ambiente (DEMA).