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FMI: Portugal e Espanha “na direção certa”

As medidas de austeridade anunciadas pelos governos português e espanhol foram bem acolhidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que considerou que "são passos importantes" e que os países "vão na direção certa", noticia a agência Lusa citando
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As medidas de austeridade anunciadas pelos governos português e espanhol foram bem acolhidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que considerou que “são passos importantes” e que os países “vão na direção certa”, noticia a agência Lusa citando a Bloomberg.

Apelando aos países para reduzirem os seus défices orçamentais, com o foco apontado à crise orçamental na Europa, Carlo Cottarelli, que lidera o departamento de assuntos fiscais do FMI, disse sexta-feira, em conferência de imprensa em Washington, citado pela Bloomberg, que as medidas tomadas por Portugal e pela Espanha para baixar os respetivos défices “vão na direção certa” e que “são passos importantes”.

O responsável sublinhou, no entanto, que o relatório divulgado esta semana pelo FMI sobre a dívida a nível global não analisa ainda em pormenor as medidas anunciadas pelos Executivos português e espanhol nos últimos dias.

O FMI contribui com 30 mil milhões de euros do total de 110 mil milhões de euros de ajuda à Grécia e Carlo Cottarelli sublinhou que os governantes têm que dar mais detalhes de como pretendem reduzir os seus défices orçamentais.

“É agora urgente começar a meter em prática medidas que assegurem que o aumento dos défices e das dívidas em resultado da crise, sobretudo no que toca às perdas de receitas, não conduzirá a problemas de sustentabilidade orçamental”, frisou, por seu turno, Dominique Strauss-Kahn, diretor geral do FMI.

O mesmo responsável reforçou que, “em muitos países, o ajustamento vai exigir um esforço considerável e, nalguns casos, sem precedentes”.

A dívida das economias desenvolvidas vai crescer para cerca de 110 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015, segundo um relatório libertado pelo FMI, que recorda que em 2007 se situava nos 73 por cento. Para o G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo, a dívida apresenta o rácio mais elevado desde a Segundo Guerra Mundial.

Portugal e Espanha apresentaram esta semana um conjunto de medidas tendentes a acelerar a redução do défice das contas públicas.

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