por Inês Ruivo
Caminhar, andar de bicicleta ou conduzir um automóvel em estradas sem iluminação são algumas das atividades que poderá realizar com uma maior segurança. É este o objetivo da Direct Line, seguradora inglesa que está a desenvolver um projeto de drones capacitados para iluminar a viagem de quem os solicite. Para fazê-lo basta um clique na aplicação Fleetlights e a informação é recebida pela central de controlo que, através do gps do smartphone e drones, rapidamente se deslocarão para o local preciso onde a pessoa se encontra. Todo o trajeto é feito sob um feixe de luz e, após chegar ao destino, um novo clique na aplicação faz os drones regressarem à central.
O serviço inaugural é constituído por uma frota de 20 drones e está ainda em fase de testes. 15 destes veículos não tripulados têm uma única unidade de iluminação de alta-eficiência. Os outros cinco aparelhos são utilizados quando solicitada iluminação máxima a altas velocidades.
Em função, os aparelhos respondem a um drone “mestre” e estão ligados em rede para aumentar as condições de segurança e ser estabelecido o número de veículos que pode estar no serviço em simultâneo. De acordo com a Direct Line, são capazes de voar consecutivamente durante 25 minutos e atingem uma velocidade máxima de 96,56 Km/h. Voltam à central de controlo para recarregar e poderem estar aptos a ser novamente requeridos.
Apesar das tecnologias utilizadas, segundo a informação expressa no manual de utilização destes veículos não tripulados, há vários aspetos a aperfeiçoar, como a deteção de colisão avançada, de modo a permitir à Fleetlights terem consciência do que os rodeia sem recorrer ao uso de mapeamento. A substituição das baterias de lítio por unidades de potência de hidrogénio também é uma das medidas a adotar, uma vez que aumentaria o voo da frota exponencialmente.
Segundo informações disponibilizadas pela seguradora, o serviço protótipo pretende demonstrar como a inovação pode ser usada na prevenção. Refere ainda que “este é o primeiro projeto de uma série de iniciativas, as quais estão a ser realizadas para investigar o potencial da tecnologia no impacto de objetos quotidianos na melhoria da vida das pessoas”. As questões de comercialização ainda estão por definir: “atualmente não há planos para liberá-los como um produto comercial”, indica a empresa.