Com custo aproximado de 2 milhões de euros, a restauração dos filmes vai permitir a divulgação de “novas” versões dos velhos filmes, que regressarão aos cinemas e sairão em DVD, afirma o instituto à agência AFP.
Todas as manchas, riscos e poeiras entranhadas nas bobinas de nitrato serão removidas numa sala com temperatura controlada, por profissionais. A missão consiste em “retirar todos os defeitos na medida do possível para obter uma versão o mais próxima do original que conseguirmos”, sublinha um porta-voz do Instituto.
De acordo com o mesmo responsável, os meios e os profissionais utilizados nesta restauração são “o Rolls-Royce em termos de restauração de filmes”, e assegura que quando o trabalho estiver terminado, ficaremos com a impressão que foram filmados na véspera.
As obras foram gravadas na década de 1920, quando o cineasta ainda estava em Inglaterra. A equipa a cargo da restauração terá reunido várias cópias dos filmes, a fim de apurar a sua qualidade.
“Antes de termos reunidos todas as cópias no mesmo sítio não podíamos ter a certeza [de que se eram exactamente a mesma versão], explicou à AFP Kieon Webb, responsável técnico do projeto, apontando ainda que “pode haver imagens suplementares, versões diferentes” e que o estado das bobines era “lamentável”.
Para cobrir os 1,2 milhões necessários à restauração, contam com donativos provenientes de todo o mundo. De fora do projeto ficou apenas um filme mudo do realizador de “Pássaros”, “The Mountain Eagle” (1927), a décima longa-metragem assinada por Hitchcock.
O Instituto do Filme Britânico lançou um apelo para que quem souber do paradeiro da bobine contate a instituição.