O filme português "Cavalo Dinheiro", do cineasta Pedro Costa, é um dos três melhores de 2014. A opinião é da revista "Sight & Sound", do British Film Institute, que colocou a película no terceiro lugar de uma lista publicada a semana passada.
O filme português “Cavalo Dinheiro”, do cineasta Pedro Costa, é um dos três melhores de 2014. A opinião é da revista “Sight & Sound”, do British Film Institute, que colocou a película no terceiro lugar de uma lista publicada a semana passada que distingue as 18 melhores obras cinematográficas do ano.
O 'ranking' é liderado pelo filme “Boyhood”, do norte-americano Richard Linklater, que chegou recentemente às salas nacionais, e o francês “Adieu au Langage”, de Jean-Luc Godard, ocupa a segunda posição.
O terceiro lugar do pódio é repartido entre a última obra de Pedro Costa, “Cavalo Dinheiro”, e o filme “Leviathan”, do russo Andrey Zvyagintsev, que se desenrola numa península junto ao Mar de Barents e conta a história de um homem que luta contra um autarca corrupto que quer apoderar-se de um pedaço das suas terras.
“Cavalo Dinheiro” é protagonizado por Ventura – que já entrou noutros filmes de Pedro Costa, nomeadamente “Juventude em Marcha” -, que interpreta um cabo-verdiano envelhecido e doente que, entre momentos de delírio e razão, recorda 'flashes' da sua vida, desde as violentas manifestações pós-25 de Abril ao trabalho como operário e ao desaparecimento da mulher.
Pedro Costa, 55 anos, fez a estreia internacional do filme, que vai estar em exibição nos cinemas portugueses a partir do próximo dia 4, no Verão passado no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde conquistou o prémio de melhor realizador e foi distinguido pela Federação Internacional de Cineclubes.
A partir de 2015, “Cavalo Dinheiro” terá estreia comercial no Reino Unido, França, Bélgica, Japão e Estados Unidos, país onde Pedro Costa será alvo de uma retrospetiva.
Entre os mais recentes trabalhos do cineasta português estão uma participação no filme coletivo “Centro Histórico” (2012), composto por curtas-metragens feitas também por Manoel de Oliveira, Victor Erice e Aki Kaurismaki, e a produção da curta-metragem “O nosso homem” (2010) e do documentário “Ne change rien” (2009).
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