Desde 1929 que um filme mudo não ganhava um Óscar, mas a história mudou durante a madrugada deste domingo com a vitória de "O Artista" em cinco categorias.
Desde 1929 que um filme mudo não ganhava um Óscar, mas a história mudou durante a madrugada deste domingo. “O Artista”, mudo e a preto e branco, foi o grande vencedor da maior festa do cinema internacional, arrebatando cinco estatuetas, entre elas a de melhor filme.
A película franco-belga dirigida por Michel Hazanavicius, venceu nas categorias de melhor filme, melhor realizador, melhor ator (a estatueta foi entregue a Jean Dujardin), melhor banda sonora original e melhor guarda-roupa.
Dujardin foi, aliás, o primeiro ator francês a ganhar um Óscar e disse ter sentido “algo que nunca tinha sentido”, apresentando o galardão chamado “Óscar” e que “pesa dois quilos” a todos os presentes com boa-disposição.
O outro grande vencedor da cerimónia realizada no Kodak Theatre, em Los Angeles, foi Martin Scorcese, que viu o seu filme “A Invenção de Hugo” dominar nas categorias técnicas, nomeadamente melhor fotografia, melhor direção artística, melhor sonoplastia, melhores efeitos visuais e melhores efeitos sonoros.
No feminino, Meryl Streep foi a estrela da noite depois de ter conquistado, pela terceira vez na carreira, o Óscar de melhor atriz pelo papel no filme A Dama de Ferro, onde deu corpo à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. “É uma honra muito grande, mas o que mais conta para mim são amizades”, salientou a atriz norte-americana, que agradeceu a todos, tanto “os que já partiram” como os que ainda “estão aqui”.
Destaque também para Christopher Plummer, que, aos 82 anos, se sagrou o ator mais velho de sempre a vencer um Óscar. Plummer foi eleito melhor ator secundário pela participação no filme “Assim é o Amor”, onde interpretou um pai que assume a sua homossexualidade depois da morte da esposa para surpresa da família.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]