A Figueira da Foz vai voltar a ter um barco para travessias do rio Mondego, entre a marina e o Cabedelo, mais de 30 anos após o fim daquela ligação fluvial de passageiros.
Depois de 30 anos sem uma ligação fluvial de passageiros, a Figueira da Foz voltou, este mês, a ter um barco para travessias do rio Mondego, entre a marina e o Cabedelo.
A embarcação, batizada Saramugo, tem capacidade para 40 pessoas e vai efetuar “travessias regulares com horários”, ligando a cidade, na margem direita, à praia do Cabedelo e porto de pesca, na margem sul do rio disse à agência Lusa Vítor Camarneiro, administrador do grupo empresarial proprietário do barco.
“O objetivo é assegurar uma carreira regular. Na época alta intensiva, na época baixa com horários programados, para fazer a travessia entre as duas margens”, explicou.
Até à década de 1970, a travessia fluvial do rio Mondego entre a povoação da Gala e a Figueira da Foz foi assegurada pelo “Luís Elvira”, barco de passageiros que transportava, entre outros, estudantes e trabalhadores dos estaleiros e, no verão, rumava também a um ancoradouro de acesso à praia do Cabedelo, junto ao molhe sul do rio, destino que o Saramugo pretende voltar a assegurar aos banhistas.
“Daqui do centro da Figueira, a praia mais próxima é o Cabedelo, havendo esta travessia de barco que demora 10 a 12 minutos”, sustentou Vítor Camarneiro.
O investimento na embarcação – que também irá efetuar passeios turísticos no rio Mondego, até à zona da Ereira, em Montemor-o-Velho, concelho onde o grupo empresarial possui unidades de alojamento – está relacionado com um hostel direcionado aos praticantes de surf e desportos de ondas, com abertura agendada, na zona do Bairro Novo, perto do Casino, para o final de agosto.
O empresário estimou em 120 mil euros o investimento no projeto das travessias e dos paaseios fluviais, estando prevista a criação de entre quatro a seis postos de trabalho.
“O hostel – investimento de cerca de 200 mil euros – pretende ser um ponto de alojamento próximo do centro [da cidade], com 20 camas, dirigido aos praticantes de desportos de ondas, mas com este dispositivo que passa pelas travessias do rio e por um ambiente mais vocacionado para o surf”, frisou Vítor Camarneiro.
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