De acordo com um estudo que vai ser apresentado esta quinta-feira durante o 249.º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), a extração destes metais preciosos das fezes pode ajudar o meio ambiente, no sentido em que tem potencial para reduzir a necessidade de obtenção destas substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais.
Ao diminuir, consequentemente, a exploração mineira, pode também travar a libertação indesejada de metais no meio ambiente, reduzindo a poluição e o desperdício humano, acreditam os cientistas, que vão dar conhecer os resultados detalhados da investigação em Denver, nos EUA.
Um comunicado divulgado esta semana pela UGSG revela que, neste momento, a equipa está a tentar desenvolver um método que permita retirar estes metais das fezes humanas recorrendo a “lixiviados”, químicos que normalmente são usados para extrair metais das rochas.
A equipa frisa, contudo, que estes químicos devem e estão a ser utilizados com moderação, uma vez que seu o uso excessivo constitui uma ameaça para a Natureza.
“Em condições controladas, o produto pode ser usado para retirar os metais das fezes de uma forma segura”, explica, no mesmo comunicado, uma das responsáveis pelo estudo, Kathleen Smith.
“Se conseguirmos extrair das fezes estes compostos, que limitam a sua aplicação em campos e florestas, e, ao mesmo tempo, obter metais preciosos, será uma grande vitória”, acrescenta a investigadora, que frisa que “existem metais preciosos em tudo o que usamos, desde escovas de cabelo a detergentes”.
Recorde-se que um outro estudo publicado recentemente na revista científica Environmental Science & Technology chegou à conclusão de que os resíduos de cerca de um milhão de americanos poderiam conter até 13 milhões de dólares (cerca de 12 milhões de euros) em metais preciosos, tais como o ouro, a prata ou a platina.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes