Os dois investigadores da Faculdade de Medicina do Porto e do Centro de Estudos e Tratamento da Infertilidade (CETI) foram distinguidos pelo projeto que desvenda novos mecanismos para aumentar taxas de reprodução em casais inférteis, de acordo o comunicado do prémio “Grant for Fertility Innovation”.
“Ter recebido este prémio é motivo de orgulho para nós e de prestígio para a Faculdade de Medicina do Porto, o CETI e o país. É uma distinção excecional”, referiu o professor João Luís Silva Carvalho, um dos galardoados, à agência Lusa.
Esta bolsa de um milhão de euros associada ao galardão “vai permitir ter os recursos necessários para continuar a desenvolver um projeto de investigação em que estamos muito empenhados e que, no futuro, pode trazer grandes benefícios para o tratamento de muitos casais inférteis”, acrescentou o professor à Lusa.
Melhorar qualidade das células reprodutoras femininas
O trabalho dos dois investigadores ajuda a melhorar a qualidade funcional das células reprodutoras femininas (ovócitos). Desta forma, é possível distinguir aquelas que podem dar origem a embriões de boa qualidade, ou seja, que proporcionem gravidezes.
Atualmente, os ovócitos são selecionados segundo critérios morfológicos, não tendo em conta a capacidade funcional e a qualidade das células, o que tem contribuído para as insatisfatórias taxas de êxito dos tratamentos de fertilidade.
O objetivo do “Grant For Fertility Innovation”, da farmacêutica Merck Serono, é de promover o avanço da ciência e investigação médica no campo da fertilidade. Este ano concorreram cerca de 55 projectos de investigação de 14 países de todo o mundo. Os projectos foram seleccionados por um comité científico especialista em fertilidade.
Clique AQUI para aceder ao site do “Grant for Fertilty Innovation”.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Vitor Fernandes]