O lagar, que se situa nas antigas instalações da extinta Cooperativa Agrícola de Ferreira do Alentejo, teve um investimento de 20 milhões de euros.
A unidade de produção encontrava-se a funcionar parcialmente há um ano, desde a campanha olivícola de 2010/2011 e tinha apenas três linhas de extração.
“Em termos de capacidades de produção, de armazenamento e de maquinaria é o segundo maior lagar do mundo, sendo que o primeiro está em Espanha”, disse João Pedro Rodrigues, diretor de produção da empresa Cartoil, à Agência Lusa.
Na região o lagar da Cartoil criou “25 postos de trabalho” diretos. Por outro lado, o projeto permitiu também a criação de vários postos indiretos nos serviços de manutenção dos olivais e na apanha das azeitonas nas herdades da empresa.
Esta unidade alentejana não está fechada única e exclusivamente para a produção própria, a Cartoil, também, disponibiliza as infra-estruturas a outros olivicultores que as queiram utilizar para transformar azeitona.
Armazenamento de 10 milhões de litros azeite
Por enquanto, esta unidade de produção alentejana tem uma linha de engarrafamento com capacidade para armazenar cinco milhões de litros de azeite.
A empresa tem projetada a instalação de uma segunda linha de engarrafamento com o objetivo “de aumentar a produção para os 10 milhões de litros de azeite”.
Exportação de 98 por cento da produção final
A maior parte da azeitona para a produção do azeite no lagar é comprada pelo lagar da Cartoil aos olivicultores do concelho de Ferreira do Alentejo. No entanto, existe também uma pequena percentagem que é retirada dos próprios olivais pertencentes às herdades.
Só na campanha olivícola de 2010/2011, o lagar “transformou 20 milhões de quilos de azeitona e produziu cerca de quatro milhões de litros de azeite”, referiu o responsável.
Desta campanha, apenas dois por cento da produção foram comercializados a granel no mercado nacional, sendo que os restantes 98 por cento foram exportados, também a granel.
João Pedro Rodrigues prevê que na próxima campanha olivícola, “quase toda a produção seja exportada”. Assim, o lagar irá proceder à transformação de “50 milhões de quilos de azeitona e produzir cerca de 10 milhões de litros de azeite”.
A herdade da Cartoil vai apostar na exportação do azeite embalado e com marcas próprias para Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Brasil, Arábia Saudita, Angola, Moçambique, países nórdicos, Rússia e China.