As famílias portuguesas vão poder produzir eletricidade para consumo próprio, através da instalação de painéis fotovoltaicos. A Quercus considera que pode ser "uma verdadeira revolução", com vantagens ambientais e de poupanças.
As famílias portuguesas vão poder produzir eletricidade para consumo próprio, através da instalação de painéis fotovoltaicos. A Quercus considera que pode ser “uma verdadeira revolução”, com vantagens ambientais e de poupanças.
O Governo aprovou esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, os regimes jurídicos de produção de energia destinada ao autoconsumo e venda à rede elétrica de serviço público, o que facilita a produção de energia para consumo próprio.
A legislação atual permite a produção de eletricidade em cada casa, mas “com a obrigatoriedade ” de esta energia ser canalizada para a rede elétrica, a preços bonificados.
Francisco Ferreira, da Quercus, disse à agência Lusa que esta medida “pode ser uma verdadeira revolução na forma como cada família pode participar no aumento da utilização das energias renováveis”, em Portugal.
Um painel fotovoltaico de pequena dimensão, cerca de 1,5 metros por um metro, pode, por exemplo, ser suficiente para produzir a eletricidade necessária para responder aos gastos de uma casa durante o dia, quando normalmente os seus habitantes estão fora. Trata-se de consumos de aparelhos como o frigorífico.
Segundo Francisco Ferreira, “um painel pode custar pouca centenas de euros, até 500 euros”, acrescentando ainda que, em cinco anos, o sistema fica pago, através de poupança obtida.
Para os casos em que a energia produzida pelo painel não é suficiente para os gastos do dia, e para a noite, o consumidor compra à rede.
Os ambientalistas defendem que a aposta nas energias renováveis, além de reduzir a dependência externa de carvão e gás natural, leva à diminuição das emissões de gases com efeito de estufa, responsáveis pelas alterações climáticas.