Fernando Maurício, o "rei do fado", vai dar o nome a um largo da Mouraria, bairro onde o fadista nasceu e cresceu. A homenagem foi aprovada por unanimidade e aclamação pela Assembleia Municipal de Lisboa.
Fernando Maurício, o “rei do fado”, vai dar o nome a um largo da Mouraria, bairro onde o fadista nasceu e cresceu. A homenagem foi aprovada por unanimidade e aclamação pela Assembleia Municipal de Lisboa.
A proposta partiu do presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), que pretende assim preservar a memória do cantor.
“Foi um extraordinário artista, com um modo muito próprio de cantar, tem seguidores, tem grandes intérpretes, criou uma escola e isso já é reconhecido a nível nacional”, frisou o autarca.
Lembrando que “nasceu e cresceu” na Mouraria, Miguel Coelho disse que Fernando Maurício “abdicou de uma carreira mais brilhante porque não abdicava de cantar na sua coletividade — o Grupo Desportivo da Mouraria — e nas casas de fado”.
“É justo que se coloque na toponímia daquele espaço o nome de Fernando Maurício. A Mouraria merece-o e Fernando Maurício foi uma pessoa muito querida no bairro”, concluiu.
Tributo ao fadista no Caixa Alfama
Este sábado, no âmbito do Festival Caixa Alfama (evento que conta com 40 fadistas que vão atuar em quatro palcos nos dias 19 e 20 deste mês) seis fadistas levam ao palco um tributo ao cantor.
Fernando Maurício, apelidado em vida como o “rei do fado”, morreu aos 69 anos, em julho de 2003, e é intérprete de êxitos como “Igreja de Santo Estevão”, “Vim esperar-te ao cais”, “Quando a Severa morreu”, “Adeus a um amigo”, “Boa noite, solidão”, entre outros.
O fadista foi presença regular da RTP, tendo participado nas emissões experimentais realizadas na Feira Popular em Lisboa, em 1952. Entre os prémios que recebeu contam-se os de Imprensa (1967), Prestígio e Carreira da Casa da Imprensa (1985 e 1986).
Em 2001, foi feito sócio de mérito da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, recebeu a Medalha da Cidade e a comenda de Bem-Fazer pela Presidência da República.
Na década de 1980, a fadista Amália Rodrigues inaugurou na Rua do Capelão uma lápide que assinala o local onde o fadista nasceu e, nas proximidades desta, na rua da Guia, foi inaugurado no passado 22 de Junho um busto em bronze do fadista, de autoria do escultor José Carlos Almeida.
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