Depois de a comunicação social ter noticiado que o Fisco se preparava para leiloar a casa de uma família de Ílhavo com o objetivo de saldar uma dívida de cerca de 1.900 euros, um movimento espontâneo nasceu no Facebook e evitou a penhora.
Depois de a comunicação social ter noticiado que o Fisco se preparava para leiloar a casa de uma família de Ílhavo com o objetivo de saldar uma dívida de cerca de 1.900 euros, um movimento espontâneo nasceu no Facebook e, em menos de 24 horas, angariou o dinheiro necessário para evitar a penhora.
A casa, propriedade de uma senhora de 52 anos, mãe de seis filhos, que ali vive com três deles e duas netas, ia ser colocada em leilão eletrónico na quarta-feira passada por um mínimo de 19.500 euros devido a uma dívida às Finanças resultante do abate de dois carros dos quais a família não deu baixa.
A história, avançada inicialmente pelo Diário Económico, que recebeu quase de imediato várias mensagens de cidadãos interessados em ajudar, foi partilhada num grupo de técnicos oficiais de contas no Facebook pela contabilista Susana Eusébio e, desde logo, gerou uma enorme onda de solidariedade.
Em declarações ao Jornal de Notícias (JN), Paulo Gama, 40 anos, de Castelo Branco, outro dos técnicos oficiais de contas que contribuíram para salvar a casa da família e ajudaram a divulgar o movimento, contou que centenas de pessoas se uniram para, em tempo recorde, angariar o montante em dívida.
“A Susana Eusébio partilhou a história no grupo de contabilistas do Facebook. E a Manuela, de Lisboa, foi por sua iniciativa a uma repartição das Finanças e pagou os 20% da dívida para que o leilão fosse adiado 15 dias”, recordou.
Após ter sido alcançando o valor em causa, Susana Eusébio, Paulo Gama e a colega Manuela Mendes foram diretamente às Finanças e pagaram a dívida. “Revoltámo-nos quando soubemos da história pela Comunicação Social. Não se pode tirar uma casa a uma pessoa que não a pode pagar”, defendeu o contabilista albicastrense, citado pelo JN.
O montante arrecadado por este movimento solidário acabou mesmo por ultrapassar o que estava previsto, pelo que os 650 euros adicionais doados vão servir para oferecer à família um capaz com vários bens. “Só posso agradecer do fundo do coração a estes anjos”, disse a proprietária da casa, cuja identidade não foi revelada, àquele jornal.
