O ViaCatarina Shopping, empreendimento comercial emblemático da baixa da cidade do Porto, conta com uma instalação artística de grande impacto visual na sua fachada, que o veste de cor de rosa e lhe dá “o poder” de concretizar sonhos.
Da autoria do Arquiteto Tomé Capa, vencedor da 4ª edição do Concurso de Arte Pública VIArtes, a “Fábrica de Sonhos” – assim se denomina esta instalação promete surpreender, pelo seu conceito artístico e emocional, todos os transeuntes que passem pela Rua de Santa Catarina, assim como os visitantes do Centro.
O vencedor do projeto, Tomé Capa, propôs-se a fazer uma instalação que se destacasse não só pela exuberância visual e pela componente interactiva, mas também pela atmosfera e pela narrativa que pudesse criar no contexto em que se insere. O resultado final é agora visível com a “Fábrica de Sonhos”, uma instalação artística que inaugura uma nova imagem, forma e cor na fachada do ViaCatarina Shopping e que cria, ao mesmo tempo, uma atmosfera de alegria e fantasia que convida todos à sua contemplação.
O desenho assenta numa representação autêntica do seu conceito – uma fábrica – que, através da sua interação subjetiva com o público, “produz sonhos”. A instalação encontra-se fixa na fachada do ViaCatarina Shopping, através de uma estrutura metálica, que é parte do conceito do projeto e que, em conjunto com outros materiais, dão a ilusão de um ambiente industrial, onde foram utilizadas também luzes e letras ao estilo burlesco e circense.
“A Fábrica de Sonhos é o lugar onde são produzidos os mais intrínsecos desejos de cada um de nós. À imagem dos grandes castelos dos contos de fadas, das coloridas indústrias das histórias de ficção, das feiras e festas populares, dos circos e cabarets, a fachada do ViaCatarina Shopping, é agora um portal de alegrias e fantasias.” explica Tomé Capa.
Questionado sobre o conceito criativo da “Fábrica de Sonhos”, Tomé Capa salienta que “queria criar algo que destacasse a fachada do Centro e que fizesse as pessoas, parar, admirar e entrar, no fundo, que interagisse com as suas sensações e imaginação. A minha principal preocupação considerada para a criação da instalação foi o contexto onde esta se implanta: é um shopping – o local onde se reúnem várias lojas que podem por sua vez completar os desejos das pessoas. A ideia é criar uma narrativa e uma atmosfera de fantasia sobre este simples facto. Transformei um shopping numa fábrica de sonhos.”
Sobre o facto de ser o vencedor do Concurso VIArtes, o autor confessa que ficou muito contente porque, através deste prémio atribuído pelo ViaCatarina Shopping, teve a possibilidade de “tornar fisicamente real algo que nasceu em mim, da minha imaginação e, isso, é uma boa sensação”.
O ViaCatarina Shopping lançou, em fevereiro, o desafio a todos os jovens Artistas Plásticos e/ou Digitais, Designers e Arquitetos portugueses e estrangeiros para que desenvolvessem uma solução criativa e inovadora, ao nível da intervenção artística, que demarcasse a presença do Centro nesta Rua, tão conhecida, na cidade do Porto e que acrescentasse, ao mesmo tempo, valor estético à sua fachada e interagisse com o público. A 4ª edição do Concurso VIArtes recebeu, assim, o maior número de candidaturas desde a sua 1ª edição (2014): um total de 37 participações, sendo 2 delas internacionais, dado que, pela primeira vez o Concurso foi alargado à participação de artistas estrangeiros.
Segundo Tomás Furtado, diretor do ViaCatarina Shopping, “à semelhança das edições anteriores do Concurso VIArtes pretendeu-se, este ano, encontrar soluções inovadoras que contribuíssem para um maior reflexo da presença do Centro na Rua de Santa Catarina, alargando a participação também a artistas internacionais. A proposta vencedora desta edição traz um valor estético à fachada do ViaCatarina Shopping muito interessante, totalmente disruptivo, que consegue reunir o melhor de duas áreas, Arte e Arquitetura. Temos a certeza que a “Fábrica de Sonhos” irá surpreender todos!”
O Concurso VIArtes atribuiu, também, uma menção honrosa ao projeto Lost in Translation, desenvolvido pela arquiteta Teresa Otto, que se inspirou em cidades como Tóquio para trazer ao Porto uma fachada de reclames luminosos, que pretendia destacar-se pela surpresa que provoca nos transeuntes.